O DIA QUE TRANSEI COM UMA GAROTA DE CADEIRA DE RODAS
Mas além de meus amigos e outra tanta gente, entrou uma garota chamada Fernanda. Fernanda tinha 16 anos, assim como eu. Tinha os cabelos bem preros e a pela bem pálida, olhos pequenos, lábios finos, andava sempre com roupas de manga longa ou casaco e era bem calada. Ela passaria despercebido por mim se não fosse pela sua cadeira de rodas. Fernanda era paraplégica, e por conta disso sentava-se sempre no final da sala, onde havia uma carteira especial para ela Durante todo o meu primeiro ano e lá pela metade do meu segundo, eu mal havia notado a existência de Fernanda. Quando meus amigos falavam sobre, era fácil haver a pergunta “Fernanda? Quem é Fernanda? Ah, a menina da cadeira de rodas.”. Eu não tinha nenhum preconceito com ela nem nada, mas como eu não era muito de puxar conversa e ela também nunca veio puxar conversa comigo, então nunca falei com ela. Isso mudou quando o meu professor de literatura passou um trabalho em dupla, porém ele sortearia as duplas, pra evitar a formação de ...